O bicho-de-pé
(Tunga penetrans) é uma pulga que se aloja na pele do hospedeiro (homem
ou animal), causando uma infecção caracterizada por inchaços dolorosos,
localizados principalmente ao redor de onde o inseto penetrou. Ainda que
seja mais comum sob as unhas ou entre os dedos dos pés, pode-se “pegar” o bicho-de-pé em qualquer parte do corpo.
Como se desenvolve?
O bicho-de-pé
pula em direção ao hospedeiro para penetrar em sua pele. As larvas são
de vida livre, e podem ser encontradas em chão de terra, solos arenosos e
praias. O adulto (pulga) possui coloração marrom avermelhada e mede
cerca de 1 mm de comprimento. A fêmea grávida pode chegar a ter o
tamanho de uma ervilha. É a fêmea adulta e fertilizada que perfura a
pele do homem (e de outros mamíferos). Ela aloja-se no corpo do
hospedeiro, ficando com o segmento abdominal paralelo à superfície da
pele. Alimenta-se do sangue do hospedeiro e vai expelindo os ovos
maduros pelo ovipositor. Uma fêmea pode produzir de 150 a 200 ovos
durante um tempo de 7 a 10 dias. Depois desse período, a fêmea morre e
cai no solo.
Como evitar?
Evite andar
descalço ou ter contato direto com locais comumente infestados. No
verão, muita atenção nas praias. O ataque do bicho-de-pé começa com uma
leve coceira, mas não se engane. Se não for retirado, pode ocasionar
inflamações e úlceras localizadas. Tétano e gangrena podem resultar de
infecções secundárias, e existem registros de amputação dos dedos dos
pés.